ANÁLISE DE RISCO DE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS (ARPO)

Os procedimentos, que até muitas vezes estão muito bem apresentados em manuais internos, podem apresentar falhas ou dar margem a interpretações diferenciadas, uma vez que foram concebidos e escritos por pessoas. E, mesmo que um procedimento seja impecável, poderão ser ignoradas algumas das etapas ou instruções nele contidas.

Na prática, as pessoas tendem a utilizar “atalhos”, de forma a evitar procedimentos árduos, prolongados, desconfortáveis ou de difícil compreensão; assim, é fácil compreender que os “atalhos” estão abertos aos erros.

A Análise de Risco de Procedimentos Operacionais (ARPO) é, portanto, uma técnica que consiste em conhecer, detalhadamente, um procedimento de trabalho e estudar, para cada passo ou item, quais desvios podem ocorrer e que riscos os mesmos podem ocasionar. Os perigos que podem advir não só dos desvios, mas também das ações programadas/padronizadas, devem ser definidas recomendações preventivas e de controle.

Para desenvolver uma ARPO, é necessário, primeiramente, que exista um procedimento formal de trabalho, que será o objeto do estudo em questão.

Como benefícios e resultados do uso desta técnica, destacam-se:

• Obtenção de medidas preventivas e corretivas para a minimização de erros operacionais;
• Recomendações de melhoria para mudanças, tanto nos procedimentos, como em equipamentos e/ou instalações;
• Notas de alerta e precaução em equipamentos que envolvem tarefas críticas, nas quais os procedimentos não podem ser esquecidos ou negligenciados;
• Obtenção de requisitos para informação e treinamento de operadores e supervisores, abordando os procedimentos, bem como adequação de equipamentos, como, por exemplo, EPIs, ferramentas e manipulação de materiais, entre outros.
• Compreensão do que pode ocorrer, de como o trabalho é realmente executado e de como e por que as coisas poderão dar errado.
• Reconhecimento de deficiências no controle de riscos no trabalho de forma a possibilitar alterações e melhorias da gestão de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e/ou Instalações.
• Troca de informações sobre os riscos entre empresas, fabricantes e fornecedores. ​